ANOS LOUCOS: AS DÉCADAS DE 20 E OS MOVIMENTOS DO CICLO (III)
Junho de 2025 : um roteiro.
A época é desafiadora. Para os de 80+ , como eu, mais ainda: temos muito para contar aos que querem escutar. Eu quero escrever algumas histórias. Tenho agora o tempo e a vontade para aprender a escrever como uma arte, arte de artesã. Escrevo desde sempre. Adolescente escrevi em diários. Economista, professora, comunicadora, escrevi de livros a artigos, para publicações de faculdades, jornais, revistas, livros coletivos. Na política escrevi para peças das doze campanhas das quais participei como candidata. Agora quero escrever como artesã na Era Digital.
Busquei entender o mundo pelas matérias exigidas no vestibular para Ciências Econômicas dos anos 1960. Geografia me trazia o espaço, onde vivia as minhas relações com o meio e com os outros. Com a História viajei pelo tempo, com fatos e períodos marcantes carregados de transformações, de experiências, de esperança de "novos tempos". Pela Matemática a complexidade do mundo podia ser expressa por relações, gráficos, equações, tornando tudo mais simples e mais belo. As línguas sempre foram a comunicação com outras culturas, com outros povos. Que beleza o mundo! Minha maior sensação de alegria era e é o momento em que percebo que aprendi alguma coisa. Até hoje é assim.
Pude viver vários desses períodos marcantes da História. Os anos 60. Os anos 90. Agora os anos 20. Interessante, todos eles com a diferença de 30 anos, período em Economia do tempo de duração de um ciclo recorrente. Período para 3 gerações poderem contar o mundo entrando e saindo renovado depois de crises profundas, grandes mudanças, revoluções. Vivemos hoje a transição entre uma nova ordem ainda em construção e a antiga ordem sobre a qual foi construída a nossa civilização ocidental desde a democracia de Atenas, passando pelo fim do Império Romano (27 AC a 1453), pelo Renascimento (Gráfico 1), pela Revolução Francesa de 1789, pelas Revoluções Industriais e culturais, até a grande mudança da geopolítica mundial dos anos 1990, com a chegada da nossa era, a da Revolução Digital, que tudo mudou. Fim de um longo ciclo.
Gráfico 1: Renascimento
Em transição, tudo é incerteza e probabilidade. Estar no mundo, entretanto, exige que tomemos decisões sob incerteza e risco, decisões que afetam nossa vida, e por isso devem ser bem avaliadas. Nassim Taleb, com seu livro "A Lógica do Cisne Negro" (2007), fala sobre isso. É um dos livros mais vendidos no mundo, influenciando muita coisa desde a sua publicação. Cito o livro porque é recente e leve, embora trate de assunto bem complicado. Desde sempre perguntamos sobre o futuro consultando oráculos, prescrutando os astros, desenhando cenários, exercitando previsões. Eu deixo as previsões para outros, mas arrisco em crônicas falar sobre o futuro com um roteiro, que sigo para contar histórias. Conto com a paciência da leitura e a generosidade das críticas dos leitores nesse exercício de comunicação.
Tenho usado várias linguagens: vídeos, fotos, links de músicas, textos, gráficos, buscando expressar o que considero mais importante numa linha do tempo. Centrando no presente dá para dividir o tempo em anos, décadas, séculos, e até por milêncios - afinal, fomos agraciados vivendo o alvorecer deste nosso terceiro milênio. Desejo novos tempos disruptivos que rompam com a desagradável e persistente sequência de fatos negativos que estão vindo de forma acelerada, acompanhados por uma certa inanição e medo de enfrentar essa sequência, como se nada se pudesse contra ela. Disruptivos, mas não revolucionários. Revoluções sempre cobram um preço muito alto pelo que prometem, e acabam não cumprindo. Baseiam-se, via de regra, numa promessa de algum ideal, de um retorno a alguma Terra Prometida, como aquela em que foi oferecido a Adão e Eva o fruto proibido do conhecimento e que, por comê-lo, foram expulsos do paraíso. Só que conhecer é uma compulsão. Difícil viver sem ela, sem buscar um sentido para o ser, como vacina para uma certa revolta contra as coisas do mundo real.
Vivendo um presente de violência, guerras e revoluções, impossível ficar em silêncio. Tudo de novo! São muitos os exemplos concretos de revoluções e suas custosas consequências. Há o da Terra Prometida como a do Manifesto Comunista, de Marx e Engels (1848). Sabemos quantos milhões de mortos causou e quanta barbárie foi cometida em seu nome. Ou o da República de Platão (escrita há 2400 anos emAtenas) com a Democracia em que o poder emanado de parte seleta de um povo seria a alternativa aos desmandos da autocracia. Vigiu por um curto período, seguido de revoltas e retrocessos. Ou o da Revolução Francesa (1789/1799) prometendo uma forma de governo em que os eleitos em República poriam fim aos desmandos da Monarquia Absolutista. Instalou na verdade um Período do Terror, com subsequentes revoluções, seus milhares de mortos, a volta a um Imperador. Ou o da Revolução Cubana, da Nicaraguense, da Chinesa, da Moçambicana, e de tantas outras mais próximas no tempo, em todos os continentes, com a perda de milhões de vidas, servindo à transformação de regimes corruptos em ditaduras duradouras e sanguinárias. Que futuro nos espera? O que fazer?
Meu alvorecerde cada dia, bem cedo, tem sido de uma imensa riqueza que o cérebro produz enquanto durmo, e que não é possível reproduzir depois de desperta. Há que escrever, e o faço logo, ligando o fato do sonho em três momentos: (I) o que já passou, selecionando lições aprendidas com a experiência pessoal, com a dos outros, e com a de todos; (II) o presente, com algo que tem feito crescer um certo "mal estar da civilização" (Sigmund Freud em 1929/1930): "o importante choque entre nossa cultura e nossos impulsos, ou entre o desejo de individualidade e as expectativas da sociedade", mesmo quando tanto temos para viver melhor; e (III) o futuro que o dia permite plantar, não em busca do "tempo perdido" (Marcel Proust, escrito entre 1908 e 1922), ou o das muitas utopias, mas sim a partir de sinais que o mundo real nos envia.
Os sinais são elementos trazidos pela realidade complexa que se busca compreender, mas que ainda não conseguimos explicar. Quando conseguimos, formam uma variável a mais da equação que explica. O que ainda não conseguimos explicar formam a variável μ dos fascinantes - para mim - modelos econométricos, a variável que introduz o "provável" das ciências sociais ao matemático já acumulado no saber econômico. Já os ruídos são invasores indesejáveis que atrapalham uma transmissão. Precisamos descartá-los. Xô fake news. Escrevo descartando os ruídos, e agregando os sinais, buscando não cair na tentação de antecipar um futuro que, por definição, é incerto. Pode ser desejado, mas é incerto. Muitos que desenham os cenários do amanhã fazem um rico exercício que deixo à generosa produção das ficções científicas dos livros que vem sendo publicados em grande variedade, dos filmes disponíveis nos streamings, das previsões do mercado financeiro, e das quase infinitas criações disponíveis no Youtube. E sigo o roteiro.
I - Antecedentes: o que foi até o século XX.
Preâmbulo: economistas tem sido importantes pois influenciam as decisões políticas que afetam nossa vida. Vida é movimento. Vida é ciclo. Ciclos de uma vez só, como a dos seres vivos, ou repetidos, como os ciclos de negócios, climáticos, bioquímicos, menstruais. Ciclos tem várias naturezas, diversas durações, medidas em prazos mais curtos ou mais longos. Alguns gráficos facilitam a representação dos fenômenos cíclicos, como nas figuras 1, 2 e 3 abaixo.
CICLO CIRCADIANO
Ciclos econômicos longos foram estudados pelo economista russo Nikolai Kondratiev (1892/1938). Segundo ele, são formados por períodos que levam de 40 a 60 anos, e explicados como parte das revoluções tecnológicas que marcam com intensidade o mundo capitalista, ocasionando ondas de crescimento e de crises. Ciclos longos levaram da ascensão à queda das eras comandadas pelas máquinas à vapor (1790-1850), pelas ferrovias (1850-1896), pela eletricidade e pelos automóveis (1896-1930). Hoje vivemos o ciclo da revolução tecnológica comandada pelo computador, pelas redes: a Era Digital. Essa sim, marca o final do que vivemos desde Atenas - a antiga ordem - até a virada do terceiro milênio.
Escolho falar de dois economistas que estudaram o ciclo. John Maynard Keynes e Joseph A. Scumpeter influenciaram o mundo que herdamos das Revoluções Industriais e das Grandes Guerras. Entenderam como poucos o espírito do capitalismo, a incerteza, a dinâmica econômica dos ciclos, o tempo de disrupturas. Schumpeter nasceu em 1883, no mesmo ano de nascimento de Keynes e da morte de Marx - e um século depois resolvemos celebrar a coincidência da data para celebrar, no IEPE/UFRGS, a disruptiva Semana Marx-Keynes em 1983, quando ainda vivíamos sob o regime militar e não se falava livremente nem sobre Marx, nem sobre a defesa do liberalismo. Durante a semana colocamos no radar em Porto Alegre a liberdade de falar sobre eles com os maiores especialistas em cada um no país. Causamos na imprensa. Valeu.
Schumpeter mostrou que a inovação e o espítiro empreendedor moldam os movimentos cíclicos. Disse: "na expansão estão as sementes da recessão, e na recessão estão as sementes da recuperação". Foi presidente-fundador da Econometric Society (1933). Keynes revolucionou a matemática, a economia e a política com seus 3 livros principais: As Consequências Econômicas da Paz (1913), UmTratado da Probabilidade (1921), e A Teoria do Emprego, do Juro e da Moeda (1936). Até hoje as digitais de ambos podem ser identificadas nas políticas econômicas que o mundo pratica.
Deles seleciono dois conceitos importantes em Economia. A destruição criativa, ou destruição criadora é o conceito já presente em Marx mas popularizado pelo austríaco Joseph Schumpeter em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia, publicado nos Estados Unidos em 1942. "Esse processo de destruição criativa é o fato essencial do capitalismo. O capitalismo consiste nesse processo e é nele que toda empresa capitalista tem de viver." (Joseph A. Schumpeter) . Já o Espírito Animal (em inglês, animal spirits) é o conceito que John Maynard Keynes usou em seu livro de 1936 The General Theory of Employment, Interest and Money (1936) para descrever emoções que influenciam o comportamento humano. " (...) uma grande proporção de nossas atividades positivas depende mais de otimismo espontâneo do que de expectativas matemáticas, sejam morais ou hedonísticas ou econômicas (...) Só podem ser tomadas por resultado de um impulso espontâneo para a ação, ao invés da inação, e não como consequência de uma pensada média de benefícios multiplicada pelas probabilidades quantitativas."
Passado esse preâmbulo, chego à década dos anos de 1920 do século XX, conhecida como a década dos Anos Loucos. Esse anos seguiram-se aos horrores da I Grande Guerra (1914/18) com seus milhões de mortos, e aos outros horrores e os milhões de mortos da gripe espanhola (1917/19). Depois desses dois eventos, o mundo tentava fazer o movimento de volta a um "novo normal" através das revoluções políticas, tecnológicas, das artes. Só que o tratado de paz apressado e mal costurado que colocou fim à I Guerra (Tratado de Versailles e criação da Liga das Nações, 1919), porém cobrando custos de reparação aos perdedores que os exauriram, produziu um caldo de ódio que alimentou o que viria a seguir: os extremismos, e com eles a disputa pelo poder através de novas guerras. Na onda de liberdades trazida pela sociedade industrial e de consumo, movimentos artísticos modernistas se multiplicaram a partir da Europa. O Rio pode voltar o carnaval de rua. Nos Estados Unidos a música alegrava os Dancin'days do charleston. O mundo globalizado se encantava com a indústria de filmes. Na Europa "os encontros de Paris" reunia artistas de diversidade e liberdade amplas. Chega ao Brasil a Semana da Arte de 22. Na política a Revolução Russa de 1917 emulava a formação do "partidão" no Brasil e em todo o mundo. Novos direitos eram reconhecidos, como o das mulheres de votar - graças ao movimento das sufragistas. Nas ciências - para além das descobertas pioneiras de Darwin, Edison, Tesla, Marie Curie, Freud, Einsten - as descobertas da física, da química, da astronomia, da biologia, da Revolução Industrial, levaram à fabricação em série de máquinas como automóveis - e de novas armas de guerra. Um febre de consumo se espalhou em escala global. Redivivo, o deus ex machina dos gregos.
Grandes fluxos de imigração voltam-se à nova Terra Prometida, onde emergia a nova potência, os Estados Unidos. Seus Fundadores haviam instituído em Carta Constitucional (1787) as bases para uma duradoura democracia baseada na defesa da liberdade e do livre mercado, apesar da realidade da escravidão e de uma sangrenta Guerra Civil. Até que em 1929 aconteceu a quebra da Bolsa de Nova York, levando o mundo conectado pelos mercados financeiros e comerciais à Grande Depressão. Enquanto isso, com o empobrecimento da Alemanha e dos países perdedores da guerra, e na esteira das ideias políticas revolucionárias, os "ismos" na Europa se formaram com toda a força. Nazismo, fascismo, comunismo, produziam e acumulavam sementes para as "novas" guerras, apurando o caldo que serviu como alimento para o nascimento de estados totalitários, encobrindo o sol da liberdade, até hoje no ar que respiramos.
Empobrecimento e rancor levam à II Grande Guerra (1939/45) e seus milhões de mortos. A nova arma, a atômica, trouxe a consciência de que a humanidade poderia por fim si própria O fim da guerra, em 1945, com a Conferência de Yalta, a criação da ONU (Organização das Nações Unidas), e a assinatura dos acordos de Bretton Woods (1944), deram forma a uma nova divisão política e econômica do mundo, a um novo sistema monetário internacional. Dois grandes blocos de países líderes, Estados Unidos e Rússia/União Soviética., lideraram nesse ciclo o pós guerra (1945/1989). A acelerada globalização, com a produção e troca dos produtos da Era da Internet, nos mercados financeiros com suas moedas-forte, comandaram o jogo econômico. Um bloco agregou democracias e assentou-se na defesa da liberdade; outro agregou os países comunistas, multiplicando ditaduras. Nos chamados "países do Terceiro Mundo", como o Brasil, periféricos nos fluxos de comércio e de produção do mundo industrializado, forjou-se a cultura dos países dependentes do padrão de riqueza construído por outros, esquecidos da imensa riqueza de que são feitos.
Nos anos 1970, uma nova guinada freou o crescimento global, somando duas rupturas. O fim do padrão-ouro (1971) no governo Nixon gerou instabilidade do mercado monetário internacional. Já os "choques do petróleo" (1973/1979) geraram a alta inflação mundial, e os países endividados em dólar começaram a quebrar sequencialmente, sofrendo com a hiperinflação. O bloco dos países socialistas (URSS) não acompanhou o crescimento da produtividade dos países de livre-mercado, provocando a crise econômica que levou à saída dos países do bloco. Veio abaixo o edifício construído por Bretton Woods e pela divisão do mundo da Guerra Fria, simbolizada pelo Muro de Berlim, derrubado em 1989. Estava posta a necessidade de um novo acordo global, uma nova fase de ciclo mundial dos anos 1990, com a constituição da União Europeia, a criação do euro, a revolução nas comunicações e nos transportes, a proposta do Consenso de Washington, ao final do segundo milênio.
A virada para o o ano 2000 veio carregada de esperanças de um mundo melhor. A Agenda da ONU para o novo milênio colocava-se como guia para a cooperação mundial. Mas por pouco tempo. A derrubada das Torres Gêmeas de Nova York em 2001 freou a onda de liberdades em nome da necessidade da segurança. O estouro da "bolha imobiliária" de 2008 trouxe o perigo de uma nova Depressão Econômica. O mundo vivia uma nova fase de incertezas e medos. Já conectadas pelas novas tecnologias digitais, multidões organizadas por redes sociais passaram a se juntar nas praças clamando por liberdade, pelo fim das ditaduras e da corrupção. Era a Primavera Árabe. A derrubada de governos corruptos a partir de operações como a Mãos Limpas (anos 1990 na Itália) e a Lava-Jato (2014/21 no Brasil) pareciam conduzir-nos a um "novo normal".
II - O presente: o século XXI.
Chegamos assim ao início da nossa década de 20, a do século XXI. Apanhados pela pandemia do coronavírus - com seus milhões de mortos - os países fecharam as suas fronteiras. Terminada a pandemia, multidões saíam buscando festa, e uma nova forma de liberdade passava a ser permitida pela emergência das redes sociais. Reabrem-se as fronteiras, emerge a potência China, e reafirma-se a cultura do consumo. Fluxos de migração voltam-se novamente para a Europa unificada, a renascida Terra Prometida. É gritante a semelhança. A mesma década dos 20, dois séculos, a mesma humanidade mudando direções, mas repetindo os movimentos inexoráveis do ciclo.
Nos 4 bilhões de anos de existência da vida na Terra, existimos como Sapiens Sapiens há apenas 10 mil anos desde que, no fim da última Era Glacial, recebemos um tépido planeta que gerou as condições da vida que temos, com a maravilhosa diversidade de que é feita. Se é certo que apenas o ser humano inventou a roda e a linguagem, também é certo que nossa ação introduziu enormes riscos para a sobrevivência na Terra. A roda mudou o mundo pela mobilidade que permitiu, e pela sua incorporação às máquinas na tecnologia até hoje. Já a linguagem nos alçou a patamares de conhecimento e ação únicos. Continuamos a avançar aceleradamente na ciência e na tecnologia. Mas o ritmo de desenvolvimento nessas áreas parece não considerar que um avanço infinito não é possível num planeta de recursos finitos. Temos usado esses recursos sem cuidar da sua eficiência, retirando deles mais do que podemos colocar em troca. Crescer sem limites é insustentável.
Há ainda os negacionistas, para quem não existe o que veio antes, repetindo o "nunca antes na história deste país". Por vaidade e ignorância, negam que o mundo começou muito antes deles, enquanto a História e a concretude da ancestralidade evidenciam isso por um simples exame de DNA. A História cria registros que um ChatGPT ou um Google nos trazem instantaneamente assim que o perguntamos sobre qualquer assunto - e tome-se cuidado com a IA, a Inteligência Artificial que tudo pode remeter a um mundo pararalelo. Há também os que pensam que são donos do que têm e exploram/acumulam para ter sempre mais, gerando desigualdade crescente. Há os que invejam o que os outros têm e passam a vida tentando ter roubando os bens materiais ou a própria vida de outros- vide os feminicídios.
São duas faces da mesma moeda: a espécie que cria é a mesma que destrói.
É gritante o contraste mostrado entre os avanços da C&T e o retrocesso registrado por fatos da última semana de abril. Por um lado, nos feriados desta Páscoa no Rio Grande do Sul foram registrados 10 feminicídos, todos cometidos pelos ex-companheiros das vítimas, das mais diferentes idades, nas mais diversas situações. Estoura também de modo avassalador o tamanho e a aceleração do roubo praticado contra pensionistas e aposentados do INSS nos últimos anos. Todos os meses era retirada diretamente do contracheque dos mesmos uma certa "contribuição a associações de defesa dos aposentados e sindicatos da área" de quem o INSS deveria cuidar.
Por outro lado, no mesmo período o telescópio James Webb lançado ao espaço em 2021 nos envia imagens da existência de elementos, muito muito distantes no Universo que ele percorre, que são a base para a criação/existência da vida, para além dessa maravilhosa vida que está na Terra. E já entrando em maio são lembrados e homenageados os milhares de voluntários que atuaram nas enchentes do ano passado, que tirou tantas vidas e destruiu parte de nosso estado.
IV - O que será: o futuro se constrói hoje.
Com a década de 20 do século passado muitos aproveitaram a oportunidade e aprenderam. Agora temos a nossa oportunidade, buscando afastar a repetição dos erros do passado. Nas crises moldam-se os líderes. São oportunidades para inovarmos no que podemos fazer para que a força de um não se sustente pela destruição do seu lado oposto, pois o movimento de destruição acaba com os dois. Um que demorou esses milhões de anos para acontecer na esteira dos movimentos do ciclo contínuo da vida. Não precisamos antecipar o que o Universo m movimento tende a fazer nos próximos milhões de anos. Desfrutemos da maravilha que temos: a vida.
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