DE
PRESIDENTE PARA PRESIDENTE
DA SÉRIE SEGREDOS
(1)
Setembro
de 2025
Acordo com algo nos sonhos que mexeu com coisas não resolvidas. Com a rapidez das imagens que o cérebro produz quando dormimos, encadeiam-se memórias sobre o mesmo tema. Hora de escrever. Mesmo que sejam seis da manhã. Escrever é ferramenta para análise, autoanálise, tomada de decisão de como fazer para revelar algum monstro adormecido. É como se ensina às crianças com medo do escuro em seu quarto: acender a luz para ver que não há monstros. Então lá vai. Vamos ao Segredos 1.
Começo com uma conversa entre presidentes amigos, contada quando esses dois presidentes se encontraram à porta de banheiro antes do início do compromisso internacional de que participavam. Conversa entre presidentes, assim como conversa entre amigas, é intimidade privada. Não cabe imprensa, nem publicidade ou marketing. Boca a boca. É boa lição. Um deles nos contou em roda restrita:
Presidente A: Aprendi algumas coisas com o Presidente B. Ele me alertou, eu em final de mandato: presidentes são como vasos chineses: uma arte, lindos e valiosos, arrematado em leilão a um bom valor por um apreciador, o comprador apaixonado o leva para casa. Uma vez em casa, não cabe em um lugar qualquer. Onde colocar? Um problema. Pois é, poderia ir para um museu e ser apreciado pelo público, mas é um bem privado. Prepare então para onde quer ir, meu caro, porque não saberão onde te colocar.
Bem, mas isto mão é um segredo? Não, certamente, e posso dar
nome aos presidentes: Bill Clinton e Fernando Henrique Cardoso. Em seus países, criaram fundações como outros ex-presidentes, onde dão continuidade à vida política e ao
exercício do pensar e agir, importante para outros. Contando essa pequena história FHC repartiu conosco uma lição
aos que, como eu, teria que escolher para onde ir após o mandato de governadora. Ex-governadores também não cabem em qualquer lugar, e inibem os sucessores. Cabem em conselhos ou em um cargo de relevância onde possam exercer
de modo público com o que aprenderam no alto cargo de governador. Eles existem. E seguem com suas atividades profissionais de antes, como os atletas vencedores, que se tornam técnicos ou comentaristas.
Em
determinadas repúblicas, o “problema do vaso chinês” foi resolvido de modo
civilizado e eficiente. Os ex-presidentes ao terminar o mandato são levados automaticamente
ao senado. Não são biônicos, como já tivemos e ainda temos por aqui com os
suplentes sem voto. São pessoas que foram eleitas em votação universal
para o mais alto cargo do Executivo. Têm muito a dar na política. Seus partidos, para aproveitar o potencial político adquirido no cargo, buscam solucionar o problema de modo eficiente.
Alguns, por exemplo, conduzem o ex à presidência do think tank
partidário, que é sua fundação legal.
Portanto,
não estou contando um segredo. E sim repassando a lição. Fica para a próxima
crônica a apresentação de um segredo. Se ou quando revelá-lo é outra decisão a
tomar. Em alguns casos, será apresentado como manda o figurino dos segredos: com personagens
fictícios. Por enquanto, nessa complicadíssima semana para o cenário nacional, e muito rica semana para o cenário estadual do Mês Farroupilha, vou curtir a apresentação de O Segredo Final neste
dia 9 de setembro, o novo livro do premiadíssimo Dan Brown. Edito e transcrevo
de oglobo.globo.com de 05/09/2025:
Chegou a hora de se despedir de Robert Langdon. Um dos mais famosos personagens do século XXI parte para a sua última aventura com o romance “O segredo final”, que será lançado no mundo todo no dia 9 (no Brasil, ele chega pela editora Arqueiro, selo da Sextante). Langdon foi apresentado ao público em 2000, no thriller “Anjos e demônios”, e quatro anos depois ganhou fama planetária com o mega best-seller “O Código Da Vinci”. O respeitado professor de Harvard é especialista em interpretar símbolos, códigos e mensagens ocultas em obras de arte e textos históricos. Diferentemente do herói de ação clássico, ele não tem armas nem distribui socos. Seu superpoder é a erudição. Foi interpretado por Tom Hanks nas adaptações cinematográficas de “Código Da Vinci”, “Anjos e Demônios” e “Inferno”. “O segredo Final” segue a bem-sucedida receita das tramas do personagem, reunindo suspense, teorias conspiratórias e segredos milenares.
Adorei o segredo (que não é segredo) do “vaso chinês”. Que a nossa República passe a reconhecer que o vaso chinês carrega simbolismos de prosperidade e abundância, principalmente quando posicionado de forma estratégica.
ResponderExcluirPois bem, sobre “O Segredo Final”, de Dan Brown, saberemos a partir desta terça-feira, 9, mas sobre outros que andam muito bem guardados por aí…sei não.
Aos poucos vão sendo respeitosamente revelados... O difícil é achar tempo e ambiente para escrever sobre eles. O que esse mundo aos pinotes tem oferecido de assunto...
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