O MEU
GRUPO: LIÇÕES DA COPA DO MUNDO DE TIMES DE 2025
5 de
julho de 2025
Ao longo
dos tempos, a Copa do Mundo tem sido de Nações. Neste ano, a FIFA criou a Copa
do Mundo de times. Desconfiei. Carrego o conceito e o preconceito com a
organização, com seus escândalos, injustiças, e agora a influência das bets.
Juiz que não apita, favorece. VAR invisível. Jogador que não honra a camiseta.
Técnico que muda a cada pouco. Respirava aquele 7 a 1. Que lição!
Mas desde
que começou, essa copa de times foi me conquistando. Gerando confiança. Horas à
frente da televisão, torcendo a favor. Assunto de todas as conversas onde eu
fosse. Afinal, o Brasil era a soma de 4 times, 4 camisetas. Cada continente com
seus melhores. O VAR estava funcionando sim. A cobertura estava sendo feita com
o que havia de melhor nos plantões esportivos. Delícia! O futebol de volta!
O futebol
é o rei dos esportes. Coletivo, e não de um único atleta. Simbólico, tendo a “nação” de cada clube com seus heróis, sua terra, suas cores, hinos e camisetas. De multidões. O
Brasil já foi “o país do futebol”, com minha geração assinando embaixo. Mas desde o 7 a 1 contra a Alemanha na Copa
de 2014 passou a ser percebido apenas como o fornecedor dos melhores jogadores para os clubes
mais ricos, e não mais o país do time campeão do mundo. Aos poucos, e felizmente, o vôlei foi tomando esse espaço. Somos "o país do vôlei".
Analistas
dos jogos mais recentes, comparando o futebol da Argentina e de alguns outros
times com o do Brasil vaticinaram: não existe mais o orgulho da camiseta
nacional. A espinha não é firme. Quando vêm jogar com essa camiseta, nossos jogadores afrouxam, perdem
o vigor, deixam de jogar o que jogam lá fora pelos seus times bilionários. É uma
tese respeitável. Afinal, por lidar com emoções, o futebol havia perdido o seu alimento. O"orgulho nacional" havia se evaporado no incêncio que fez tudo ser guiado por dinheiro.
Mas vamos ao jogo de ontem do Fluminense nas quartas de final. Seguindo-se às vitórias “improváveis” das outras fases, o Flu ganhou do Al Hilal. Está nas semifinais. Logo em seguida o Palmeiras jogou. E perdeu para o Chelsea, que entrou em campo como aquele feroz colonizador inglês numa África virgem, intimidando, provocando, numa estratégia pobre de valores. Pronto.
O Brasil e o continente estarão representados por um único time: o Fluminense. Mas que time? Resumo pelas falas das entrevistas dadas após os jogos pelo Renato: “o meu grupo”. Pois é isso. Renato, Thiago Silva, Árias. O trio de ouro. Nas suas falas, o segredo de suas vitórias: não eu, o meu grupo. Não eu, a estratégia, o consenso, depois de analisado o adversário que respeitam. Falando como economista, no Flu estava a função de produção, e não apenas a soma dos fatores de produção. O coletivo. Vou resumir pela fala do Árias: aquela (todas) foi a vitória do grupo, do Fluminense, honrando a Colômbia, o Brasil, sua família, Deus. Valores. Na camiseta do Flu todas as bandeiras que o guiam.
Valeu! Já
me preparo para as semifinais. Com muita alegria, com a alegria única que o
futebol é capaz de estimular. Torcendo de novo. Dá-le Flu!
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