2024, O ANO QUE TERMINOU.

31 de dezembro de 2024

 

A cada 31 de dezembro celebro o que há de mais importante na vida: a chegada de um filho. Uma dádiva. Lembro-me de como, há 54 anos, à meia noite, eu via pela janela de meu quarto as luzes dos fogos que estouravam – em Porto Alegre como em todo o mundo - pela passagem do ano. Naquele momento a equipe do Hospital Fêmina entrou no quarto trazendo o meu bebê, nascido às 22h. Para mim, o mundo celebrava, comigo e com minha família, a chegada de César Augusto, meu primogênito, 4 kg, parto normal.

Parabéns, filho!

Hoje, 31 de dezembro, o ano de 2024 vai se encerrando. Marcado em nosso estado pelas catástrofes, nos despedimos de 2024 prestando homenagem aos que perdemos, junto aos voluntários que, chegados de toda parte do país, e do mundo, somaram-se aos gaúchos e gaúchas no enfrentamento desse que foi mais um gigante desafio. Ganhamos uma enorme família em 2024. A todos, queremos declarar nossa gratidão.

Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo!

Para mim 2024 é especial por um motivo: ele registra o fim de um ano que não terminava, que foi 2009. Para dizer o que foi o ano, em termos pessoais difícil ao extremo, repito a expressão criada por Zuenir Ventura no seu livro publicado em 1989 -1968: o Ano Que Não Terminou. Porque 2009 foi marcado por eventos sequenciais violentos, que qualquer pesquisa permite conhecer e relembrar, que afetaram a minha vida política, familiar e pessoal. Agora terminou.

Olhando a outra face da moeda, o ano de 2009 estava sendo, e foi, muito, muito auspicioso. Celebramos os 15 anos do Plano Real, vitorioso porque a população desde então fez da estabilidade uma conquista sua, pois não aceita mais a volta da inflação: aprendeu a viver com os benefícios da falta dela. Aqui no estado celebramos, de modo inédito pela mostra do MARGS trazida da França e de Portugal pelos nossos operadores da cultura, o Ano da França no Brasil, como mostra o informativo abaixo transcrito. Celebramos com alegria a significativa melhora de todos os indicadores econômicos e sociais do estado, fruto do bom uso do dinheiro público, a começar com o déficit zero alcançado já em 2008.

Em especial, os indicadores de redução da violência honraram o estado. A violência, pandemia nacional, aqui foi enfrentada com reconhecidos resultados pelo PPV – Programa de Prevenção da Violência, firmado em 2007. Para além de todo o sucesso da economia do estado, através da Secretaria da Justiça e Desenvolvimento Social também pudemos implementar aqui projetos inovadores contando com a parceria entre os 3 setores (público, privado, organizações sociais) como ensinado por Ruth Cardoso e sua Comunidade Solidária. Investimentos bilionários foram contratados, com especial ênfase para os que traziam valorização de um meio ambiente mais sustentável.

 


Entretanto, se 2009 foi um ano que não terminou, porque foi declarada uma guerra política para tentar impedir a continuidade de um governo de estado que só acumulava bons resultados que davam autonomia financeira ao estado, libertando-o do histórico jugo que sofria do poder central, que tem a responsabilidade pela política de combate à inflação. Não impediram.

E se finalmente foi um ano que terminou em 2024, é porque se aguardava uma declaração de “fim de guerra” por parte da Justiça. Pela Justiça, não se prova a inocência, como queriam muitos. Prova-se a culpa. A inocência frente às acusações estava dada, e a culpa não foi provada em nenhum aspecto. Finalmente, veio a declaração tão esperada em manchete como a transcrita abaixo do Jornal O Celeiro, 7 de agosto de 2024).

Após 15 anos, ex-governadora Yeda Crusius é inocentada de todas as acusações da Operação Rodin

 Com todos os mais esperançosos desejos, despeço-me deste ano celebrando, mais uma vez, o aniversário de meu filho, e a confiança de que possamos continuar construindo para todos um futuro melhor, com um país mais justo e desenvolvido, e um mundo de paz.




Bem-vindo, 2025

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